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12/01/2011

O caso Ensitel: Lições para Gestores e Empresas

Impor as regras perante o mercado e comprar guerras com consumidores, antes não era saudável para a relação comercial, mas agora é mesmo perigoso. A gestão de conflitos com clientes, não se consegue pela imposição das regras nem pela chantagem. Gerir conflitos e um assunto humano, relacional e tem técnicas.

Recorrer ao combate legal e judicial, deixa marcas, afinca intrigas e extrema posições. Nem só nos tribunais se faz justiça e nem sempre o tribunal é o último a falar. A revolta do cliente é a peste negra do século XXI e as suas vitimas são pessoas colectivas. É necessário evitar o tribunal. 


Calar um cliente é mais fácil do que calar a multidão. A gestão de clientes, a gestão de queixas e reclamações, não é assunto do “fim da linha”, não é assunto para o colaborador mais trapalhão que não se encaixa nas outras funções. Gerir o conflito com clientes, é uma função de topo e tem de ser gerida por um gestor deste nível.

O cidadão online, nem sempre tem identidade ou responsabilidade. Neste cenário, as sociedades e as empresas têm de aprender a conviver com opiniões falsas, com comentários baratos e com atitudes extremistas.

Prever o comportamentos é fundamental. Aprender a conviver com o cidadão online, significa ser capaz de prever o seu comportamento, antecipar reacções e gerir o conflito antes do problema alcançar uma dimensão descontrolada.

O Pau que bate no Zézinho não é o mesmo que bate no Tomané. A internet é um excelente meio para distinguir os consumidores líderes, os prescritores, os modelos ou outros consumidores influenciadores dos consumidores tradicionais. Eis que temos de pôr o nosso conhecimento em prática para saber comunicar de forma diferente, com consumidores diferentes.

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Ensitel: o Drama, o Horror, a Trajédia!... e a resolução!


Um alegado deslize no serviço de apoio ao cliente da Ensitel que não correspondeu às expectativas de uma cliente, transformou-se numa guerra entre empresa – cliente, um combate que se desenrrolou na praça pública em frente a todos os que quiseram acompanhá-la sobretudo através dos meios digitais. Os acontecimentos são basicamente os seguintes:

> A troca não é possível. Em 2009 uma cliente da Ensitel recebe um telemóvel com um defeito e dirige-se à loja mas não consegue a substituição do aparelho porque este se encontra esgotado.

> Agora há um risco no ecrã. Passados alguns dias, a Ensitel não realiza a troca porque o telemóvel possui um risco no monitor, mas propõe-se a reparar o aparelho. A cliente não aceitou a proposta e decide avançar para tribunal.




> A empresa ganha a Causa. O tribunal decide que a Ensitel não é obrigada a substituir o aparelho.

> A cliente publica a história na internet. A cliente acata a decisão mas publica todas as ocorrências no seu blog pessoal: http://jonasnuts.com/387191.html

> A Empresa interpõe acusação por difamação. Passados 2 anos, a 22 de Dezembro de 2010, a cliente recebe uma notificação do Tribunal obrigando-a, por providência cautelar, a eliminar as suas publicações no seu blog, que alegadamente comprometem o bom nome e a reputação daquela empresa.


> A cliente fica em maus lençois e a sua revolta transpira para o seu blog. Apesar de não ser explicito, pelas declarações realizadas à comunicação social e pela descrição dos factos expostos pela cliente, percebe-se que intenção da empresa não era a eliminação dos comentários do blog – essa era a medida de providência cautelar, mas a acção era uma acusação por difamação, entre outras.

> A solidariedade social e a compaixão dos internautas levanta-se para proteger a cliente. A cliente reage com a publicação de mais um post e recorre às redes sociais para pedir apoio aos internautas. Em poucos dias, milhares de pessoas emitem comentários um pouco por todas as redes sociais – blogs, twitter, facebook, são criados perfis e páginas contra a marca e a página da marca no facebook é inundada de comentários que ameaçam a reputação da empresa no mercado.

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3 comunicados, 2 tentativas falhadas e alguma acidez no discurso.

Depois de alguns dias de silêncio acompanhados de algumas tentativas da empresa para apagar comentários publicados por utilizadores do facebook, a empresa decide defender a sua imagem e publica no facebook o primeiro comunicado. Nesse comunicado, a Administração dirige-se formalmente aos seus clientes, para afirmar que rejeita os factos e que está a ser alvo de uma difamação. A pessoa que escreve o comunicado não se identifica e comete um erro que ainda alimenta mais polémica: escreve “Twiter”, erradamente.
Já no segundo comunicado publicado um dia depois, a Ensitel reforça a sua posição de defesa dos seus direitos em sede própria – ou seja nos tribunais, numa acção claramente ameaçadora, que tanto na forma como no conteúdo, reforçam a acidez corrosiva e desesperada da administração que transmitem mais uma vez a vontade de calar os comentários, mas que mais uma vez tem o efeito contrário.

Por fim, num terceiro comunicado, três dias depois da publicação do primeiro, a empresa reconhece o erro de “tentar” limitar a liberdade de expressão e fá-lo com um discurso claramente mais suave e tranquilo, mais familiar e menos formal, para dizer também que iria retirar a acusação contra a cliente e que no futuro estariam mais atentos a situações desta natureza. Finalmente, o caso parece ter razões para encerrar por aqui e de facto, a tempestade de comentários foi terminada pouco a pouco com um reconhecimento generalizado de que esta ultima decisão foi a mais acertada.

1o comunicado | 28 Dezembro - “A Ensitel, Lojas de Comunicações, S.A. (“Ensitel”) está a ser confrontada com um conjunto de declarações divulgadas através das redes sociais Facebook e Twiter, decidindo por isso, apresentar o seguinte breve esclarecimento:
A “Ensitel” não põe minimamente em causa qualquer tipo ou forma de liberdade de expressão, mas repudia, rejeita e não aceita ser alvo de uma autêntica campanha difamatória, assente em factos absolutamente falsos que têm como único intuito denegrir a imagem e boa reputação que a “Ensitel” construiu ao longo de 21 anos, apenas porque o cliente não se conformou com uma decisão judicial que lhe foi desfavorável. Nestes 21 anos de existência, os clientes têm sido e continuarão a ser o maior valor da Ensitel, garantindo a mesma, que todos os seus direitos são preservados e salvaguardados. A Administração”

2º comunicado | 29 Dezembro - “A Ensitel nada mais tem a acrescentar relativamente ao Comunicado que já fez publicar ontem no Facebook, remetendo para o local próprio em qualquer Estado de Direito Democrático, que são os Tribunais, o exercício da defesa dos seus direitos. A Administração.”

3º comunicado | 31 Dezembro - “Nos últimos dias temos ouvido as vossas opiniões. Nunca foi nossa intenção limitar a liberdade de expressão da Maria João Nogueira, mas apenas assegurar a defesa da nossa marca. Mas vemos agora que a nossa atitude não foi a mais adequada e por isso vamos retirar de imediato a acção judicial. Pretendemos também, no futuro, estar mais atentos ao que os nossos clientes dizem online, de modo a podermos assegurar que a vossa experiência com a Ensitel é o mais positiva possível. Nesse sentido estamos a preparar novas maneiras de poderem comunicar connosco, sempre que tenham um problema numa das nossas lojas ou com um dos nossos produtos. Pedro Machado, Responsável de Vendas e Serviço a Clientes”.

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Caso Ensitel: A escalada dos comentários

É uma autêntica tempestade de comentários e de conversas nas redes sociais – ali, explora-se a competência técnica do atendimento, o processo de devolução e a politica de garantia, reclama-se a liberdade de expressão, esmiuça-se a qualidade da estratégia utilizada pela empresa na gestão do conflito e na relação com os internautas e por fim, fala-se do poder da internet e das redes sociais.

Este diálogo aceso entre internautas, que aconteceu nas redes sociais durante os últimos dias de Dezembro de 2010 e que chegou a ter cobertura noticiosa nos Media tradicionais, inclui, alguns milhares de mensagens de apoio à cliente em causa. Existem comentários de apoio, existem muitas mensagens provocatórias contra a marca, algumas delas vazias em conteúdo e que nada acrescentam à história; existem mensagens que reforçam as criticas endereçadas à Ensitel, existem outras que atenuam essas criticas. Alguns comentários são descontextualizados e não passam de “piropos” ridicularizadores da situação ou da marca, e por fim, também se podem encontrar algumas observações relacionadas com a concorrência, onde também são levantadas algumas criticas.



O indice de pesquisas pelo nome “Ensitel” nos motores de busca do Google, aumentou 400% a partir do dia da publicação do post do cliente - dia 27/12, e manteve-se elevado durante uma semana até dia 03/01. A publicação do último comunicado no dia 31/12, não teve qualquer efeito no volume das pesquisas que seguiram a tendência decrescente dos dias anteriores. Portanto, pode concluir-se que o esclarecimento final surge, no momento em que o fogo já está praticamente apagado.



Há comentários negativos e outros que se insurgem em protecção da marca e da empresa. Alguns dos comentários publicados são realizados pelas mesmas pessoas. Muitos comentários são vazios de conteúdo e mostravam despreocupação ou desconhecimento da totalidade do caso. Há também comentários, como o de Hernani Cardoso que faz comentários em defesa da marca e depois explora o caso com ironia dizendo que cada post a dizer mal da ensitel, dá 20 centimos à ajuda de Berço - uma contradição interessante. Há pelo menos uma criança que não sabe escrever correctamente e que também participou no debate. Vejamos alguns comentários:

RESPOSTAS AO 1º COMUNICADO: (FACEBOOK)

Hernani Cardoso VENHA DIZER MAL DA ENSITEL NO FACEBOOK. Por cada post a dizer mal, damos 20 centimos à AJUDA DE BERÇO !!!!
29 de Dezembro de 2010 às 16:29 ·  5 pessoas5 pessoas gostam disto. ·
Nuno Santos Mais vale comprar um telemóvel nos ciganos do que na Ensitel.

José Santos boicote à ensitel, comprem na phone house, worten mobile e afins!!!
29 de Dezembro de 2010 às 0:14 ·  2 pessoas2 pessoas gostam disto. ·

Hernani Cardoso
Apoiado Ensitel.A Cliente, usou do seu posto de trabalho para iniciar uma campanha difamatória contra uma Empresa.
Em direito essa Cliente tem de justificar o sucedido, e pode ser acusada por abuso de poder, difamaçao.
Eu, a vós, pedia uma ch...oruda indemnizaçao.BOM ANO.Ver mais

29 de Dezembro de 2010 às 16:16 ·  1 pessoa gosta disto. ·
Miguel Santos
um excelente exemplo prático de que o "mundo" livre, verdadeiramente livre, é a Internet... e hoje em dia através das redes sociais! A "VOZ" aqui é por todos ouvida e a todos pertence, chega a todos, não olha a estatutos ou ao poder.
Serão s...obretudo um caso de estudo, um exemplo prático.Lembrem-se que mesmo aqueles que (por absurdo...) achem que têm razão, só pela vergonha não entrarão nas vossas lojas nos próximos tempos! Tenho mesmo muita curiosidade em ver os reais impactos disto :) Ver mais 28 de Dezembro de 2010 às 22:54 ·  2 pessoas2 pessoas gostam disto. ·

Paulo Machado Ao estarem a apagar os comentarios que aqui se escrevem ai so estao a mostrar a vossa culpa.

André Jesus Preocupem-se mais com as vossas vidas. Maior parte desta cambada de atrasados manifesta-se por algo que nem sabe o que é ao certo, pois nem se deram ao trabalho de se informarem sobre os acontecimentos. E é assim o "tuga". Todos com grandes moralismos e revoluções no facebook. Os que se dizem "ex-clientes" da ensitel não passam na realidade de cordeirinhos. Todos gostam de opinar, no entanto não votam.7/1 às 17:36


RESPOSTAS AO 2º COMUNICADO: (FACEBOOK)


Bruno Abreu Barosa OH ENSITEL! QUERES QUE TE MANDE OU VAIS SOZINHA???

Paulo Lucas Ui... Que medinho... Com este não-comunicado, já nem sei o que fazer da minha vida. Agora muito a sério!! O que raio se pretende com uma coisa destas? Este não-comunicado, só vem mostrar, que eles perderam o controlo da situação, que não sa...bem como sair do problema que eles mesmos criaram. Não sabem se devem pedir desculpa, ou se devem continuar na tolice do finca-pé. Estão mais perdidos que um tremoço num pires de azeitonas pretas. Não me admiraria, que "inexplicavelmente", esta página da noite para o dia, desaparecesse... Porque esta bola de neve, eles já não conseguem controlar. O monstro que eles soltaram, está a crescer a cada minuto que passa, e prestes a engolir o criador. E eles estão em pânico. Os "aidivogadus" que tão bem os aconselharam, também não devem nem ter ideia de como descalçar tamanha bota.
Aposto, que a esta hora, os responsáveis desta "empresa" gostariam de ter uma lâmpada mágica, para esfregá-la e serem teletransportados para bem longe daqui, onde não os conhecessem


Rui Fernandes Que raio de 2º comunicado este não ficava mal um tipo pedido de desculpas ou algo parecido mas não em vez de isso mais arrogância tipo nós pomos todos em tribunal, mas afinal põem quem? Porque sem clientes não vão por ninguém ou será que vão processar todos por deixarem de ser clientes?29 de Dezembro de 2010 às 21:35 · 2 pessoas gostam disto.


Miguel Silva Parece que é o inicio do Fim... Da ensitel é claro!!!30 de Dezembro de 2010 às 15:51  

Miguel Robalo Acho muito interessante que ninguém tenha posto em causa a ética de uma jornalista que se serviu dos seus contactos profissionais para fazer valer o seu ponto de vista...com ou sem razão. 3/1 às 11:41 1 pessoa gosta disto.   

RESPOSTAS AO 3º COMUNICADO: (FACEBOOK)


Carlos Alberto Parabens a este grande passo que deram,agora resta esperar e ver o que se vai passar daqui para a frente.Fico contente com a vossa atitude... 1/1 às 22:13   

Dani Pinho E os otarios que doaram para a sra ficam arder sem dinheiro ih ih 2/1 às 21:06

Sofia Do Ó Vejo que é necessário haver uma espécie de "manisfestação" para de repente se lembrarem "que a vossa atitude não foi a mais adequada". É triste. Da incompetência e má fama já não se livram.  3/1 às 12:28

Hugo Meireles A União faz a força e vocês vão senti-la... Bye bye Ensitel!!!

Página contra a marca no facebook: (12/01/2011) Alguns comentários:


Bruno Lopes Em 2008 aconteceu-me o mesmo com um Samsung lá comprado, o telemovel veio marado com risco verticais no ecran, e a ENSITEL não o trocou alegando que o mesmo tinha um risco. Cambada de vigaristas. Nunca mais me apanham lá. Que fechem rapidamente.

Microprojectos Net Acho injusto algumas afirmações verdadeiras que se fizeram aqui, nesta página. 4/1 às 16:56

Jonnas Skater Caros deveríamos criar um site "NUNCA MAIS ENVIO NADA PELA DHL".... passo a explicar, no dia 24 de Dezembro tive a necessidade de enviar 2 folhas A4 de um documento para Cabo Verde. PAGUEI POR 2 FOLHAS A4 70,61€ (sem IVA tendo em conta que é exportação não tem IVA), foi-me garantido que chegaria em 4 DIAS (o que para u...3/1 às 9:46 

 BLOGUE DO CLIENTE ( http://jonasnuts.com/)

De Maria João a 29 de Dezembro de 2010 às 11:00
Pois eu sou cliente dessa empresa há varios anos e não tenho nada grave a apontar, pelo contrário, são todos muito simpáticos e atenciosos. Maria
De Ana a 5 de Janeiro de 2011 às 12:09
Concordo plenamente, não me lembro de alguma vez ter comprado algum produto na ensitel mas quanto á worten, sou cliente habitual e nunca tive problemas em trocar nada. São extremamente atenciosos e sei que posso confiar.
De Grilo Falante a 30 de Dezembro de 2010 às 12:14
Acho que a empresa de comunicação já foi contratada e que a maria joão faz parte dela...
De Rafael a 10 de Janeiro de 2011 às 04:00
Então você acha certo o que essa Ensitel fez neste caso do celular?? Querida, você é o que essa empresa mais ama: pessoas que vivem do consumo e nunca farão nada para impedir as vergonhas da empresa que consome.. aff! Quer um conselho? Pinta tua casa com os logo da Ensitel, pede emprego lá e muda pra uma das lojas deles. Você é o corderinho deles. Pra você, eu só lamento!
De Pedro Nuno a 30 de Dezembro de 2010 às 00:09
Na Media Markt aconteceu-me parecido com um monitor, mas como vinha embalado não vi o risco que a base tinha... por coincidência (ou não) o monitor tinha um pixel morto no meio do ecrã, fui lá trocar no dia a seguir e confrontaram-me com o risco, pelo que não me trocaram. Livro de reclamações, comprei uma base nova que me custou 20 euros e lá trocaram-me o monitor.(...)
De Ana a 30 de Dezembro de 2010 às 10:03
Não sei como, mas ainda consigo ficar estupefacta com a arrogância destas empresas, e da "justiça" portuguesa. É inacreditável. Situações destas deixam-me indignada. Para mim a ENSITEL não vende mais nada.

De JAN ROCHA a 28 de Dezembro de 2010 às 15:37
Lamentavelmente este é um país de prepotentes e preconceituosos, em que a justiça (se é que existe) dá o seu aval. Devia existir mais pessoas com iniciativas destas. Parabéns
De Miki a 28 de Fevereiro de 2009 às 17:50
Aconteceu-me o mesmo na IZI, mas com uma ligeira diferença: o equipamento avariado tinha passado já dos 15 dias após a compra. Ainda assim, trocaram por um novo. Obviamente, 

De Nuno Mendes a 29 de Dezembro de 2010 às 16:34
Tenho a mesma experiencia com a Aki. São fantásticos....
De jonasnuts a 30 de Setembro de 2009 às 09:27
Bom, chama-me burra, mas nem sabe contar o número de asteriscos que deve escrever por não ter tomates para escrever a palavra puta. Descanso a minha mala.
 

Resumo das publicações segundo http://inovacaomarketing.com:

(informação confirmada por vendedor tecnológico com excepção do Twitter)

Facebook – Página Oficial da Marca com milhares de comentários negativos
Facebook – Página Contra a Marca com milhares de subscritores
Twitter – Dezenas de milhares de Publicações no Twitter
Youtube – Vídeos publicados no Youtube com dezenas de milhares de visualizações
Blogosfera – Milhares de Publicações em Blogs
Wikipedia – Página criada na Wikipedia a relatar o caso

Conflito de consumo na Ensitel: as consequências e os efeitos

Apesar de não ser um acontecimento desejado nem desejável, parece que este caso não terminou em tragédia como muitos auguravam. Parece até que o balanço global acaba por terminar com um certo alívio, porque as consequências não foram tão dramáticas como podiam ter sido e como se previa nos primeiros dias. Anteriormente foram debatidos os erros, aqui realçamos principalmente os factores positivos que impediram o pior.

O balanço não é necessariamente negativo. A Ensitel aprendeu com esta lição, prometeu e parece estar a cumprir o desígnio de se aproximar à comunidade digital. Depois do 3º Comunicado, produziram-se centenas de comentários de felicitações à marca. Parece ter havido uma reconciliação com muitos internautas. Os comentários negativos abrandaram e a estabilidade foi conseguida. 

A notoriedade da marca bateu recorde. A marca teve um dos índices de maior “e-notoriedade” desde 2006 e um dos maiores da sua história. Se por um lado, neste caso, são reforçados os “alegados” pontos fracos da empresa, por outro lado aparecem com muita frequência referenciados os pontos fortes, nomeadamente, a grande dimensão da empresa, a sua experiência de mais de 20 anos e a quantidade de lojas que possui.

A empresa teve razão para recusar a troca. A marca tinha a razão, atribuída pelo Tribunal Arbitral do Consumo de Lisboa, para não realizar a troca desejada pelo cliente e muitos clientes/internautas reconheciam esse facto, chegando muitas vezes a interceder em defesa da empresa.

A Reputação da concorrência também sai fragilizada. Durante o caso, muitas vezes são referidos os pontos fracos da concorrência, assumindo-se que os outros são “maus” e que “fariam exactamente o mesmo”. Por esta razão, deveremos considerar que as empresas concorrentes que são referenciadas, também saem fragilizadas com este acontecimento.

Em certo momento a Ensitel passa por vítima. Muitos internautas insurgiram em defesa da empresa e e referiram muitas vezes que a decisão do tribunal deveria ser respeitada. Parece haver por parte de algumas pessoas, a consciência de que a empresa estava a ser prejudicada sem razão, colocando-a no papel de vitima.
É expectável que a capacidade de recordação/evocação da marca no mercado, tenha sido reforçada.


O protagonista principal da história é a internet e as suas redes sociais. Muitas das mensagens, comentários e noticias publicadas centraram a mensagem no poder das redes sociais e na acção judicial levantada pela empresa, ficando, desta forma, para segundo plano, a questão do direito à troca que poderia levantar dévidas acerca da qualidade do serviço pós-venda.

A maior critica é afecta à liberdade de expressão, mas acaba resolvida. A empresa comete alguns erros de gestão da comunicação nas redes sociais e na internet e a é frequentemente acusada de atacar à liberdade de expressão. Esta é talvez a maior critica que se produz durante esta história. Contudo, o último comunicado, embora tardio, consegue clarificar a posição da empresa a este respeito, a queixa é retirada e os erros foram reconhecidos. A comunidade parece ter aceite esse pedido de desculpas e felicitou a decisão.

Conclusão:

É um caso indesejado e polémico mas o resultado não foi tão negativo como era esperado. Sabemos que este tipo de acontecimentos são, geralmente, muito prejudiciais para as marcas/empresas e que em alguns casos poderão ser fatais. Contudo, ao contrário das interpretações fáceis e apesar do desejo generalizado para se encontrarem empresas-vítimas da internet, não é verdade absoluta que a Ensitel perdeu reputação, que prejudicou a sua imagem de marca e que perdeu clientes com este acontecimento. Pode ser verdade, mas ainda não existem dados objectivos.


Comprova-se o poder do Buzz digital e prevê-se um aumento das ocorrências. Independentemente das consequências deste caso, comprova-se o poder do buzz digital, compreende-se o efeito das redes sociais no consumo e na relação com as marcas em Portugal e prevê-se um crescimento deste tipo de ocorrências durante os próximos anos.

É uma lição para muitas empresas. Conclui-se também que estes casos devem ser resolvidos de forma mais rápida, menos confusa e de forma mais profissional. As marcas necessitam gerir a sua e-marca, de forma mais atenta e sistemática. As empresas de forma geral, saem desta história com uma maior capacidade para gerir as expectativas e frustrações dos seus clientes, numa época em que reinam as comunidades digitais e onde uma opinião singular se pode transformar, em poucos segundos, numa opinião colectiva.

É uma lição para o Direito e para os Advogados. Este caso, foi uma lição globalmente positiva para as empresas e deve ser também uma lição para o direito – algumas adaptações legais são necessárias. Há necessidade de salvaguardar o direito das empresas e dos seus trabalhadores bem como assegurar a liberdade de expressão do cidadão-consumidor.

É uma cobaia no estudo do marketing moderno. Este episódio de grande interesse técnico e cientifico, é hoje, e continuará a ser por mais algum tempo, a cobaia no estudo das relações comerciais modernas, influenciadas pelo poder da internet em Portugal.

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28/12/2009

Passou o natal com os seus clientes?


É nos momentos especiais que as pessoas estão, mais receptivas às mensagens publicitárias e mais disponíveis para estabelecer relações fortes e próximas com os outros. O Aniversário, o nascimento de um filho, o casamento, o natal, entre outras datas especiais, cuja importância que lhe é dada varia com a pessoa, são momentos indicados para realizarmos uma campanha promocional, seja qual for a sua estratégia deverá fazê-lo. Nestes casos prefiro o "Sampling".

Nestes momentos especiais, você tem a possibilidade de se aproximar e de alimentar a sua relação afectiva com esse cliente, tem a oportunidade de realçar o seu carácter mais solidário e pode transmitir ao cliente um sentimento de valorização e estima, surpreendentes. Mas a importância deste momento não acaba aqui. Lembre-se que o seu objectivo não é apenas agradar um cliente - o seu primeiro objectivo é aproximar-se também da rede de contactos do seu cliente e, não há nada como esses momentos especiais, para você se promover junto de todas essas pessoas.

Aproveite a melhor de todas as oportunidades para se promover junto da rede social do seu cliente.

Os momentos especiais do seu cliente, são os momentos em que o seu cliente vai estar rodeado de muitas pessoas com um valor especial, para o seu cliente mas também para si.

Faça tudo para estar nessa festa - aceite o convite se o receber, mas mesmo que não possa estar presente, faça tudo para a sua marca, o seu produto ou a sua "empresa" não faltarem àquela festa.

Quanto vale ter a sua marca, a sua empresa ou o seu produto presentes naquele dia de festa?

Voce pode e deve oferecer o seu produto mas também pode oferecer outro produto com a sua marca gravada/impressa pode oferecer um serviço ou melhores condições de acesso, mas o mais importante é conseguir que a sua marca ou o seu produto seja assunto de conversa nesse dia, junto de todas aquelas pessoas. Crie a sua própria estratégia.

Quando vende o seu produto ou serviço tem de conseguir adicionar-lhe um valor acrescentado. Então, faça o mesmo com a sua prenda - torne-a numa prenda de elevado valor e surpreenda o seu cliente. - Tenho a certeza que vai conseguir levar a sua marca ou empresa àquela festa ou momento especial, faça-o da forma que entender mais eficiente, mas, por favor, "passe" esse dia de festa com essas pessoas sorridentes, bem dispostas e afectivamente disponiveis para o receber, faça-o mesmo que não esteja presente. Não se preocupe com o resto. Se fez bem o trabalho de casa, o seu cliente venderá por si.

Se não passou o natal com os seus clientes, esta semana vai ter mais uma oportunidade para estar numa grande festa. Está preparado?

16/12/2009

SECOND LIFE: Passado ou futuro?

O SECOND LIFE nascido em meados de 2003 (apesar de ter sido lançada uma versão beta, ainda em 1999) parece ser (ainda) um filho esquecido e desvalorizado da internet, pelo menos por parte de empresas e vendedores, este meio não reflecte a adesão esperada.

Se por um lado, grandes empresas (p.e. OSRAM, Unilever), Universidades (p.e. Aveiro) e estados (p.e. Suécia), aproveitaram mais esta oportunidade para se mostrarem e interagirem com clientes, estudantes ou turistas/cidadãos, por outro lado não existiu ainda uma movimentação em massa para este novo meio – e até parece ter ficado esquecido entre maioria das empresas. Estes resultados parecem-me estar muito longe das expectativas e do potencial da plataforma. Só falta saber por quanto tempo...



Do seu início até 2006 o SECOND LIFE teve um índice de procura muito baixa, e no momento em que em meados de 2006 os meios (tradicional e online) trouxeram o assunto para agenda mediática, houve uma alavancagem que parecia demonstrar o início do sucesso. Mas o boom durou apenas um ano e a partir do início de 2008, o índice de procura voltou aos níveis de 2006. Para termos um ponto de comparação, por exemplo, o Hi5 com menos sucesso mediático, iniciou a sua alavancagem no mesmo período mas manteve um percurso de crescimento, atingindo um pico máximo em 2008 – Os níveis de procura do Hi5 no seu pico máximo têm um valor 10 vezes superior ao valor máximo atingido pelo Second Life.

Também em 2008 a Google lançou o desconhecido Google lively que vinha concorrer com o Second Life, mas acabou por ser descontinuado passados apenas alguns meses.



O Second Life tem hoje cerca de 14 milhões de utilizadores registados e aqueles que se mantêm online (fazem login) rondam um média mensal de 1milhão de residentes. Durante o dia é possível encontrar entre 60.000 e 70.000 utilizadores online. Contudo, a diversidade de Regiões e a dimensão do espaço de cada uma, não permite encontrar todas estas pessoas em simultâneo.

Fontes da Empresa revelam que apesar de elevada taxa de desistência existe um aumento no dinheiro transaccionado por utilizadores e que a média de utilização também aumentou consideravelmente (60%).



Contada a sua história, fica por explorar o potencial desta plataforma nas nossas vendas.

Será o Second Life apenas uma “carta alta” ou estaremos perante o “Straight Flush” – a maior “combinação” que um vendedor pode fazer na sua estratégia de vendas?!

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