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06/03/2011

Software Gratuíto na internet para empresas: sim ou não?

Tenho lembrado algumas vezes, o velho ditado popular “o barato pode sair caro” a propósito da utilização de Plataformas ou software gratuito na internet, por parte das empresas ou profissionais. 
Pode tratar-se de uma conta de e-mail, um servidor para alojar uma página de internet ou qualquer outro instrumento que as empresas utilizam para arquivar e gerir informação interna. O que devemos saber é que, o risco e a probabilidade das nossas expectativas sairem frustradas está a crescer lentamente e em breve vai originar problemas sistemáticos. Utilizar um software gratuitamente é libertar a empresa fornecedora das suas responsabilidades e limitar a segurança ou a garantia de continuidade do serviço, ao bom senso, às boas práticas e à sobrevivencia económica desses fornecedores. Não é com certeza uma prática que se recomende nos tempos que se avizinham.

Não funciona? Azar.
O Caso Collanos Workspace – Colaboração Online.

Uma empresa iniciou a utilização do Collanos workspace, software gratuíto de colaboração online com instalação em computadores, para permitir que os colaboradores pudessem partilhar e alterar documentos em simultâneo. Este software gratuito foi testado, configurado e deu-se inicio à sua utilização sem qualquer problema. Alguns meses depois de investidas muitas horas a configurar e a formar utilizadores, quando muitas equipas dessa empresa já utilizavam a plataforma com algum nível de dependência, começaram os problemas. Vejamos alguns:

1. Conflitos e incompatibilidades. A partir de certo momento, os novos colaboradores que eram adicionados aos grupos de trabalho “entravam em conflito” com os utilizadores já existentes e por isso não conseguiam comunicar entre eles nem partilhar informação.

2. Limitações e perda de informação. Apesar de ser um software de colaboração, os utilizadores não podiam alterar o documento em simultâneo porque nesse caso, criavam-se diferentes versões do documento, perdendo-se uma parte da informação.

3. Rapidez de processamento: a gota de àgua. Apesar da quantidade de informação arquivada no sistema, se limitar apenas a algumas dezenas de documentos (o que para a empresa é uma pequena quantidade), o sistema tornou-se extremamente lento. Passou a ser impossível trabalhar nessas circunstâncias e todo o investimento foi em vão.

Queres continuar, tens de pagar.
O Caso da rede social NING.

A rede social NING era, em 2010, uma das redes sociais gratuita mais poderosas do mundo. A vantagem desta plataforma comparativamente com o ORKUT ou o Facebook, era a autonomia na gestão, as opções de configuração e de personalização. Com a rede social NING qualquer grupo ou empresa podia criar “o seu próprio facebook”, com aplicações diversas como agenda de eventos, blogue, fórum, envio de mensagens, páginas pessoais e muitas outras ferramentas fantásticas - tudo isto, com um aspecto gráfico personalizado e com um endereço próprio, p.e: www.vendedortecnológico.com.

Acontece que, depois de dezenas ou centenas de milhares de utilizadores (individuais, empresas ou instituições) investirem muitas horas na criação, manutenção e divulgação da sua própria rede social, repentinamente, a NING anuncia a descontinuidade da versão gratuita. Restavam duas alternativas: deitar por terra o investimento realizado, em tempo, dedicação e expectativas ou então pagar mensalmente pela continuidade do serviço. Agora que há dependência

O serviço acabou ou desapareceu informação? Se calhar “já foste”.
O Caso Gmail - Google.

O nível de dependência que as empresas e as pessoas criaram relativamente às suas caixas de e-mail é extremamente elevada. O e-mail arquiva informações e documentos importantissimos que muitas vezes são únicos e não existem em duplicado, muitos dos contactos pessoais encontram-se ali guardados, aquele é o veículo que todos utilizam para serem contactados mas, além disso, o e-mail é o ponto de recuperação de passwords de acesso a outras plataformas. Se um dia ao acordarmos, a nossa conta de e-mail tiver desaparecido, será, pelo menos, dramático.

Dependendo da plataforma que se utiliza, a probabilidade de se perder uma conta de e-mail, da informação desaparecer ou ser extraviada, de o serviço deixar de ser gratuito, ou a probabilidade de qualquer outro acontecimento nos impedir de utilizar normalmente a conta a nossa e-mail, é mais ou menos elevada. Talvez hoje esse problema seja apenas uma ameaça pouco provável (por enquanto), mas ao longo dos anos este risco risco está a aumentar. Talvez o Gmail da Google seja o mais fiável de todos os servidores de e-mail da mesma forma que é seguramente uma das empresas mais fiáveis do Mundo. Apesar disso, é de notar que no final de Fevereiro de 2011, centenas de milhares de contas do Gmail (2% do total) foram apagadas por lapso. Alguns dias depois, as contas foram finalmente recuperadas mas fica o susto e o aviso – nem todas as empresas são como o Google, e as causas deste acontecimento podem ser muito variadas. A intrusão e o extravio ou a perda de informação confidencial, a descontinuidade do serviço ou o fim da gratuitidade, a limitação de espaço, os erros e a instabilidade dos sistemas, são alguns dos riscos associados ao serviço gratuito e à correspondente desresponsabilização do fornecedor.

O LADO B DA GRATUITIDADE.

A riscos que devemos prevenir. Quando a opção é utilizar uma plataforma gratuita, para arquivar e gerir informação profissional, alguns riscos e limitações se levantam. Com os serviço gratuito podemos estar perante os seguintes riscos, a conhecer:

- Não há garantia da estabilidade do sistema nem do seu normal funcionamento, de forma continuada.

- Em caso de perda ou extravio da informação, não há lugar à responsabilização do fornecedor nem existe garantia de recuperação da informação perdida.

- Nos casos em que a informação é corrompida, ou seja, quando a informação se altera abruptamente, o utilizador não pode aceder a backups de segurança.

- Não há garantias na continuidade da gratuitidade do serviço e em qualquer momento a versão gratuita pode ser descontinuada.

- Não há suporte de apoio ao cliente e quando existe, este tem custos proíbitivos.

- Nem sempre o utilizador conhece verdadeiramente as potencialidades/limitações do serviço, no momento em que começa a utilizá-lo.

- Sempre que se opta por mudar de serviço, raramente é possivel exportar a informação para outra plataforma, ficando o utilizador completamente dependente desse serviço.

- Muitas das plataformas gratuitas não se destinam a empresas, assim sendo, mesmo que estas consigam utilizá-las, perdem todos e quaisquer direitos, que eventualmente a empresa ou a legislação lhe confira.

- Qualquer empresa fornecedora corre o risco de insolvência e quando se trata de empresas prestadoras destes serviços, rentabilizados sobretudo por receitas publicitárias, o risco de falência poderá ser superior. Combinando esse risco com a origem desconhecida de muitas dessas empresas, então exige-se ainda mais precaução, sobretudo quando não é possivel obter referências.

Summarizing...

O software gratuito é útil, inofensivo e bem intencionado - até aqui é consensual. A limitação é a incerteza, a falta de garantias e a inexistência de responsabilização do fornecedor. A explosão dos serviços gratuitos online é uma realidade crescente, mas com ela também aumenta o risco e diminui a fiabilidade desses serviços em contextos comerciais: há cada vez mais empresas de estabilidade duvidosa a fornecer serviços gratuitos, a segurança dos sistemas nem sempre acompanha a evolução dos hackers, o bom senso ou sentido de responsabilidade e respeito pelas expectativas dos utilizadores nem sempre é respeitada, nem sempre existe disponibilidade para prestar apoio/suporte em caso de problema. Além disso, nem sempre são conhecidas as verdadeiras limitações do sistema e os problemas surgem, depois de investido muito tempo na configuração, implementação e divulgação das plataformas.

12/01/2011

A Crise no Caso Ensitel 2010: O Rescaldo. Estudo de caso

Estudo de caso: Conflitos de consumo e gestão de marca na internet

Pela primeira vez em Portugal, nos últimos dias do ano de 2010, um consumidor, a internet e as redes sociais puseram em causa a imagem e a reputação de uma empresa sólida, de grande dimensão: a Ensitel.

http://jornalistamasini.wordpress.com/2011/01/01

O caso começa em 2009, quando a empresa se recusa a trocar um equipamento a um cliente, que exigia a troca por defeito. O cliente publica os acontecimentos no seu blogue e apesar da decisão do tribunal do consumo atribuir razão à empresa, o cliente não só mantém os seus textos como acrescenta ainda esse facto à história. Já em 2010, a empresa move uma acção judicial contra o cliente obrigando-o a eliminar os textos do seu blogue e também (presume-se) com a intenção de o responsabilizar pelos prejuízos causados. E, é neste ponto que a história se desenrola de forma incontrolável até atingir uma dimensão preocupante. Em poucas horas, surgiram milhares de comentários, mensagens e respostas publicadas nas redes sociais a propósito deste caso e em poucos dias a situação torna-se incontrolável – a empresa estava a ser ameaçada, difamada, acusada (o que quer que seja), por milhares de pessoas – um autêntico ataque terrorista muitas vezes sem rosto – com excepção de um – o seu líder.

http://hortadozorate.blogspot.com/2010/12/obama-deu-opiniao-no-caso-ensitel.html

Este caso tem muito para explorar. Parece relevante compreender-se de que forma este caso se desenrola; porque razão tomou estas proporções; como a empresa deveria ter evitado o erro; como poderia ter conduzido todo o processo; e quais as lições desta história que marcam os desafios actuais na gestão das marcas.

Este caso tem uma grande importância e contribui para um debate social e cientifico necessário e de de uma actualidade extrema. Tudo isto acontece, num momento em que as redes sociais transformam os consumidores isolados em comunidades de consumidores extremamente poderosas e organizadas, num momento em que alguns processos, meios e técnicas tradicionais de marketing, merecem uma revisão. 

 

Estudo de caso completo neste Blog:


A crise Ensitel: onde está a “Piada”?

A crise que pairou sobre a Ensitel tem um interesse multidisciplinar. As vendas, o marketing, o direito, a gestão de empresas, a sociologia, a psicologia do consumo, são algumas das disciplinas que se debruçam sobre casos como este. O interesse deste acontecimento, que ironicamente se apelida de “piada”, está nos seguintes aspectos:

O poder de um cliente individual. Um só cliente conseguiu movimentar milhares de pessoas contra uma marca, em poucas horas através das redes sociais.

A razão perde Força e a lei também. Um cliente sem razão, conseguiu ameaçar a reputação de uma empresa e pôr em causa a sua credibilidade no mercado, independentemente das lei e da decisão judicial que dava razão à empresa.

O consumidor online escreve muito mas lê pouco. Muitos dos consumidores que participaram neste combate contra a marca desconheciam a totalidade da história e publicaram comentários descontextualizados e desproporcionados.

As empresas, mesmo as grandes, não estão preparadas para conviver com o “Word of Mouth” na internet. Uma empresa de grande dimensão, não estava preparada para gerir um conflito de consumo em nenhum dos momentos que caracterizaram esta polémica antes do Buzz digital que se iniciou no final do mês de Dezembro de 2010.

As empresas, mesmo as grandes, não distiguem diferentes categorias de consumidores. Uma grande empresa não estava preparada para distinguir este consumidor líder de opinião de um consumidor comum.

A empresas podem não estar tecnicamente preparadas para produzir conteúdos e para comunicar na internet. Esta empresa fez TRÊS comunicados, contraditórios entre si, para acalmar a onda de comentários e encerrar o caso.

A lei e o direito não estão preparadas para proteger os direitos das empresas, nos tempos modernos onde o mundo virtual é uma constante na vida da sociedade. Apesar de protegida pela lei, a empresa abdicou dos seus direitos apenas para encerrar o caso.

Este caso é mau exemplo para os consumidores que difamam as marcas e empresas sem um limite da rasoabilidade e do respeito. Deste caso, muitos consumidores concluiram que podem pronunciar-se sobre as empresas, independentemente de possuirem, ou não, provas contra elas – o que coloca em causa o direito tal como o conhecemos em Portugal, e concluiem ainda que as decisões do tribunal podem ser desdenhadas, combatidas e contrariadas na praça publica.

Muitos consumidores produzem comentários como actividade ludica e recreativa e aproveitam o momento para libertar a sua tensão interna. Muitos consumidores, endereçam criticas, publicam acusações e lançam observações ridicularizadoras da marca, sem fazerem juizo critico da situação e sem contribuirem para o debate, de forma séria e ponderada.

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O caso Ensitel: Lições para Gestores e Empresas

Impor as regras perante o mercado e comprar guerras com consumidores, antes não era saudável para a relação comercial, mas agora é mesmo perigoso. A gestão de conflitos com clientes, não se consegue pela imposição das regras nem pela chantagem. Gerir conflitos e um assunto humano, relacional e tem técnicas.

Recorrer ao combate legal e judicial, deixa marcas, afinca intrigas e extrema posições. Nem só nos tribunais se faz justiça e nem sempre o tribunal é o último a falar. A revolta do cliente é a peste negra do século XXI e as suas vitimas são pessoas colectivas. É necessário evitar o tribunal. 


Calar um cliente é mais fácil do que calar a multidão. A gestão de clientes, a gestão de queixas e reclamações, não é assunto do “fim da linha”, não é assunto para o colaborador mais trapalhão que não se encaixa nas outras funções. Gerir o conflito com clientes, é uma função de topo e tem de ser gerida por um gestor deste nível.

O cidadão online, nem sempre tem identidade ou responsabilidade. Neste cenário, as sociedades e as empresas têm de aprender a conviver com opiniões falsas, com comentários baratos e com atitudes extremistas.

Prever o comportamentos é fundamental. Aprender a conviver com o cidadão online, significa ser capaz de prever o seu comportamento, antecipar reacções e gerir o conflito antes do problema alcançar uma dimensão descontrolada.

O Pau que bate no Zézinho não é o mesmo que bate no Tomané. A internet é um excelente meio para distinguir os consumidores líderes, os prescritores, os modelos ou outros consumidores influenciadores dos consumidores tradicionais. Eis que temos de pôr o nosso conhecimento em prática para saber comunicar de forma diferente, com consumidores diferentes.

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3 comunicados, 2 tentativas falhadas e alguma acidez no discurso.

Depois de alguns dias de silêncio acompanhados de algumas tentativas da empresa para apagar comentários publicados por utilizadores do facebook, a empresa decide defender a sua imagem e publica no facebook o primeiro comunicado. Nesse comunicado, a Administração dirige-se formalmente aos seus clientes, para afirmar que rejeita os factos e que está a ser alvo de uma difamação. A pessoa que escreve o comunicado não se identifica e comete um erro que ainda alimenta mais polémica: escreve “Twiter”, erradamente.
Já no segundo comunicado publicado um dia depois, a Ensitel reforça a sua posição de defesa dos seus direitos em sede própria – ou seja nos tribunais, numa acção claramente ameaçadora, que tanto na forma como no conteúdo, reforçam a acidez corrosiva e desesperada da administração que transmitem mais uma vez a vontade de calar os comentários, mas que mais uma vez tem o efeito contrário.

Por fim, num terceiro comunicado, três dias depois da publicação do primeiro, a empresa reconhece o erro de “tentar” limitar a liberdade de expressão e fá-lo com um discurso claramente mais suave e tranquilo, mais familiar e menos formal, para dizer também que iria retirar a acusação contra a cliente e que no futuro estariam mais atentos a situações desta natureza. Finalmente, o caso parece ter razões para encerrar por aqui e de facto, a tempestade de comentários foi terminada pouco a pouco com um reconhecimento generalizado de que esta ultima decisão foi a mais acertada.

1o comunicado | 28 Dezembro - “A Ensitel, Lojas de Comunicações, S.A. (“Ensitel”) está a ser confrontada com um conjunto de declarações divulgadas através das redes sociais Facebook e Twiter, decidindo por isso, apresentar o seguinte breve esclarecimento:
A “Ensitel” não põe minimamente em causa qualquer tipo ou forma de liberdade de expressão, mas repudia, rejeita e não aceita ser alvo de uma autêntica campanha difamatória, assente em factos absolutamente falsos que têm como único intuito denegrir a imagem e boa reputação que a “Ensitel” construiu ao longo de 21 anos, apenas porque o cliente não se conformou com uma decisão judicial que lhe foi desfavorável. Nestes 21 anos de existência, os clientes têm sido e continuarão a ser o maior valor da Ensitel, garantindo a mesma, que todos os seus direitos são preservados e salvaguardados. A Administração”

2º comunicado | 29 Dezembro - “A Ensitel nada mais tem a acrescentar relativamente ao Comunicado que já fez publicar ontem no Facebook, remetendo para o local próprio em qualquer Estado de Direito Democrático, que são os Tribunais, o exercício da defesa dos seus direitos. A Administração.”

3º comunicado | 31 Dezembro - “Nos últimos dias temos ouvido as vossas opiniões. Nunca foi nossa intenção limitar a liberdade de expressão da Maria João Nogueira, mas apenas assegurar a defesa da nossa marca. Mas vemos agora que a nossa atitude não foi a mais adequada e por isso vamos retirar de imediato a acção judicial. Pretendemos também, no futuro, estar mais atentos ao que os nossos clientes dizem online, de modo a podermos assegurar que a vossa experiência com a Ensitel é o mais positiva possível. Nesse sentido estamos a preparar novas maneiras de poderem comunicar connosco, sempre que tenham um problema numa das nossas lojas ou com um dos nossos produtos. Pedro Machado, Responsável de Vendas e Serviço a Clientes”.

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Caso Ensitel: A escalada dos comentários

É uma autêntica tempestade de comentários e de conversas nas redes sociais – ali, explora-se a competência técnica do atendimento, o processo de devolução e a politica de garantia, reclama-se a liberdade de expressão, esmiuça-se a qualidade da estratégia utilizada pela empresa na gestão do conflito e na relação com os internautas e por fim, fala-se do poder da internet e das redes sociais.

Este diálogo aceso entre internautas, que aconteceu nas redes sociais durante os últimos dias de Dezembro de 2010 e que chegou a ter cobertura noticiosa nos Media tradicionais, inclui, alguns milhares de mensagens de apoio à cliente em causa. Existem comentários de apoio, existem muitas mensagens provocatórias contra a marca, algumas delas vazias em conteúdo e que nada acrescentam à história; existem mensagens que reforçam as criticas endereçadas à Ensitel, existem outras que atenuam essas criticas. Alguns comentários são descontextualizados e não passam de “piropos” ridicularizadores da situação ou da marca, e por fim, também se podem encontrar algumas observações relacionadas com a concorrência, onde também são levantadas algumas criticas.



O indice de pesquisas pelo nome “Ensitel” nos motores de busca do Google, aumentou 400% a partir do dia da publicação do post do cliente - dia 27/12, e manteve-se elevado durante uma semana até dia 03/01. A publicação do último comunicado no dia 31/12, não teve qualquer efeito no volume das pesquisas que seguiram a tendência decrescente dos dias anteriores. Portanto, pode concluir-se que o esclarecimento final surge, no momento em que o fogo já está praticamente apagado.



Há comentários negativos e outros que se insurgem em protecção da marca e da empresa. Alguns dos comentários publicados são realizados pelas mesmas pessoas. Muitos comentários são vazios de conteúdo e mostravam despreocupação ou desconhecimento da totalidade do caso. Há também comentários, como o de Hernani Cardoso que faz comentários em defesa da marca e depois explora o caso com ironia dizendo que cada post a dizer mal da ensitel, dá 20 centimos à ajuda de Berço - uma contradição interessante. Há pelo menos uma criança que não sabe escrever correctamente e que também participou no debate. Vejamos alguns comentários:

RESPOSTAS AO 1º COMUNICADO: (FACEBOOK)

Hernani Cardoso VENHA DIZER MAL DA ENSITEL NO FACEBOOK. Por cada post a dizer mal, damos 20 centimos à AJUDA DE BERÇO !!!!
29 de Dezembro de 2010 às 16:29 ·  5 pessoas5 pessoas gostam disto. ·
Nuno Santos Mais vale comprar um telemóvel nos ciganos do que na Ensitel.

José Santos boicote à ensitel, comprem na phone house, worten mobile e afins!!!
29 de Dezembro de 2010 às 0:14 ·  2 pessoas2 pessoas gostam disto. ·

Hernani Cardoso
Apoiado Ensitel.A Cliente, usou do seu posto de trabalho para iniciar uma campanha difamatória contra uma Empresa.
Em direito essa Cliente tem de justificar o sucedido, e pode ser acusada por abuso de poder, difamaçao.
Eu, a vós, pedia uma ch...oruda indemnizaçao.BOM ANO.Ver mais

29 de Dezembro de 2010 às 16:16 ·  1 pessoa gosta disto. ·
Miguel Santos
um excelente exemplo prático de que o "mundo" livre, verdadeiramente livre, é a Internet... e hoje em dia através das redes sociais! A "VOZ" aqui é por todos ouvida e a todos pertence, chega a todos, não olha a estatutos ou ao poder.
Serão s...obretudo um caso de estudo, um exemplo prático.Lembrem-se que mesmo aqueles que (por absurdo...) achem que têm razão, só pela vergonha não entrarão nas vossas lojas nos próximos tempos! Tenho mesmo muita curiosidade em ver os reais impactos disto :) Ver mais 28 de Dezembro de 2010 às 22:54 ·  2 pessoas2 pessoas gostam disto. ·

Paulo Machado Ao estarem a apagar os comentarios que aqui se escrevem ai so estao a mostrar a vossa culpa.

André Jesus Preocupem-se mais com as vossas vidas. Maior parte desta cambada de atrasados manifesta-se por algo que nem sabe o que é ao certo, pois nem se deram ao trabalho de se informarem sobre os acontecimentos. E é assim o "tuga". Todos com grandes moralismos e revoluções no facebook. Os que se dizem "ex-clientes" da ensitel não passam na realidade de cordeirinhos. Todos gostam de opinar, no entanto não votam.7/1 às 17:36


RESPOSTAS AO 2º COMUNICADO: (FACEBOOK)


Bruno Abreu Barosa OH ENSITEL! QUERES QUE TE MANDE OU VAIS SOZINHA???

Paulo Lucas Ui... Que medinho... Com este não-comunicado, já nem sei o que fazer da minha vida. Agora muito a sério!! O que raio se pretende com uma coisa destas? Este não-comunicado, só vem mostrar, que eles perderam o controlo da situação, que não sa...bem como sair do problema que eles mesmos criaram. Não sabem se devem pedir desculpa, ou se devem continuar na tolice do finca-pé. Estão mais perdidos que um tremoço num pires de azeitonas pretas. Não me admiraria, que "inexplicavelmente", esta página da noite para o dia, desaparecesse... Porque esta bola de neve, eles já não conseguem controlar. O monstro que eles soltaram, está a crescer a cada minuto que passa, e prestes a engolir o criador. E eles estão em pânico. Os "aidivogadus" que tão bem os aconselharam, também não devem nem ter ideia de como descalçar tamanha bota.
Aposto, que a esta hora, os responsáveis desta "empresa" gostariam de ter uma lâmpada mágica, para esfregá-la e serem teletransportados para bem longe daqui, onde não os conhecessem


Rui Fernandes Que raio de 2º comunicado este não ficava mal um tipo pedido de desculpas ou algo parecido mas não em vez de isso mais arrogância tipo nós pomos todos em tribunal, mas afinal põem quem? Porque sem clientes não vão por ninguém ou será que vão processar todos por deixarem de ser clientes?29 de Dezembro de 2010 às 21:35 · 2 pessoas gostam disto.


Miguel Silva Parece que é o inicio do Fim... Da ensitel é claro!!!30 de Dezembro de 2010 às 15:51  

Miguel Robalo Acho muito interessante que ninguém tenha posto em causa a ética de uma jornalista que se serviu dos seus contactos profissionais para fazer valer o seu ponto de vista...com ou sem razão. 3/1 às 11:41 1 pessoa gosta disto.   

RESPOSTAS AO 3º COMUNICADO: (FACEBOOK)


Carlos Alberto Parabens a este grande passo que deram,agora resta esperar e ver o que se vai passar daqui para a frente.Fico contente com a vossa atitude... 1/1 às 22:13   

Dani Pinho E os otarios que doaram para a sra ficam arder sem dinheiro ih ih 2/1 às 21:06

Sofia Do Ó Vejo que é necessário haver uma espécie de "manisfestação" para de repente se lembrarem "que a vossa atitude não foi a mais adequada". É triste. Da incompetência e má fama já não se livram.  3/1 às 12:28

Hugo Meireles A União faz a força e vocês vão senti-la... Bye bye Ensitel!!!

Página contra a marca no facebook: (12/01/2011) Alguns comentários:


Bruno Lopes Em 2008 aconteceu-me o mesmo com um Samsung lá comprado, o telemovel veio marado com risco verticais no ecran, e a ENSITEL não o trocou alegando que o mesmo tinha um risco. Cambada de vigaristas. Nunca mais me apanham lá. Que fechem rapidamente.

Microprojectos Net Acho injusto algumas afirmações verdadeiras que se fizeram aqui, nesta página. 4/1 às 16:56

Jonnas Skater Caros deveríamos criar um site "NUNCA MAIS ENVIO NADA PELA DHL".... passo a explicar, no dia 24 de Dezembro tive a necessidade de enviar 2 folhas A4 de um documento para Cabo Verde. PAGUEI POR 2 FOLHAS A4 70,61€ (sem IVA tendo em conta que é exportação não tem IVA), foi-me garantido que chegaria em 4 DIAS (o que para u...3/1 às 9:46 

 BLOGUE DO CLIENTE ( http://jonasnuts.com/)

De Maria João a 29 de Dezembro de 2010 às 11:00
Pois eu sou cliente dessa empresa há varios anos e não tenho nada grave a apontar, pelo contrário, são todos muito simpáticos e atenciosos. Maria
De Ana a 5 de Janeiro de 2011 às 12:09
Concordo plenamente, não me lembro de alguma vez ter comprado algum produto na ensitel mas quanto á worten, sou cliente habitual e nunca tive problemas em trocar nada. São extremamente atenciosos e sei que posso confiar.
De Grilo Falante a 30 de Dezembro de 2010 às 12:14
Acho que a empresa de comunicação já foi contratada e que a maria joão faz parte dela...
De Rafael a 10 de Janeiro de 2011 às 04:00
Então você acha certo o que essa Ensitel fez neste caso do celular?? Querida, você é o que essa empresa mais ama: pessoas que vivem do consumo e nunca farão nada para impedir as vergonhas da empresa que consome.. aff! Quer um conselho? Pinta tua casa com os logo da Ensitel, pede emprego lá e muda pra uma das lojas deles. Você é o corderinho deles. Pra você, eu só lamento!
De Pedro Nuno a 30 de Dezembro de 2010 às 00:09
Na Media Markt aconteceu-me parecido com um monitor, mas como vinha embalado não vi o risco que a base tinha... por coincidência (ou não) o monitor tinha um pixel morto no meio do ecrã, fui lá trocar no dia a seguir e confrontaram-me com o risco, pelo que não me trocaram. Livro de reclamações, comprei uma base nova que me custou 20 euros e lá trocaram-me o monitor.(...)
De Ana a 30 de Dezembro de 2010 às 10:03
Não sei como, mas ainda consigo ficar estupefacta com a arrogância destas empresas, e da "justiça" portuguesa. É inacreditável. Situações destas deixam-me indignada. Para mim a ENSITEL não vende mais nada.

De JAN ROCHA a 28 de Dezembro de 2010 às 15:37
Lamentavelmente este é um país de prepotentes e preconceituosos, em que a justiça (se é que existe) dá o seu aval. Devia existir mais pessoas com iniciativas destas. Parabéns
De Miki a 28 de Fevereiro de 2009 às 17:50
Aconteceu-me o mesmo na IZI, mas com uma ligeira diferença: o equipamento avariado tinha passado já dos 15 dias após a compra. Ainda assim, trocaram por um novo. Obviamente, 

De Nuno Mendes a 29 de Dezembro de 2010 às 16:34
Tenho a mesma experiencia com a Aki. São fantásticos....
De jonasnuts a 30 de Setembro de 2009 às 09:27
Bom, chama-me burra, mas nem sabe contar o número de asteriscos que deve escrever por não ter tomates para escrever a palavra puta. Descanso a minha mala.
 

Resumo das publicações segundo http://inovacaomarketing.com:

(informação confirmada por vendedor tecnológico com excepção do Twitter)

Facebook – Página Oficial da Marca com milhares de comentários negativos
Facebook – Página Contra a Marca com milhares de subscritores
Twitter – Dezenas de milhares de Publicações no Twitter
Youtube – Vídeos publicados no Youtube com dezenas de milhares de visualizações
Blogosfera – Milhares de Publicações em Blogs
Wikipedia – Página criada na Wikipedia a relatar o caso

Os erros no caso Ensitel: o Rastilho, a Pólvora e a razão da Explosão

Este caso decorre em condições muito particulares e o resultado que foi conhecido, provém da combinação de vários factores desencadeantes, e não apenas da publicação dos Posts no blogue do cliente. Nesta história, há muito mais do que um post num blogue. Vejamos as condições em que se desenrolam os acontecimentos:


> Expectativas frustradas. A assistência pós-venda não foi ao encontro das expectativas do cliente, substituindo o aparelho com defeito, na primeira tentativa de troca, nem em nenhuma etapa do processo.

> A “Qualidade” no serviço pós-venda. A abordagem do departamento comercial, não foi capaz de gerir a frustração do cliente, desvalorizou as consequências do sentimento do cliente, não criou registos do histórico da situação/reclamação e não monitorizou os acontecimentos.

> A "judicialização" da relação comercial. A gestão do conflito baseou-se numa abordagem judicial e negligenciou uma abordagem de relações públicas - As intenções do cliente não se conheciam verdadeiramente e as suas expectativas não foram geridas de forma relacional.


> Desvalorização do perfil do cliente. Nunca foi valorizado o papel social e profissional do cliente nem o seu poder de influência no meio digital. Um líder bem apetrechado de meios de comunicação, foi confundido com um consumidor comum.

> O Erro técnico e o Streisand Effect. Os gestores da página da marca na rede social Facebook, cometeram o erro de apagar publicações de utilizadores, deixando de ser um conflito com um cliente para se tornar num conflito com grupo de pessoas e deixa de ser um problema de consumo para se transformar numa ameaça à liberdade de expressão.

> Os Comunicados falhados. Os primeiros dois comunicados emitidos tiveram um efeito contrário ao desejado e não cumpriram o objectivo de acalmar os ânimos. Ao invés disso, foram responsáveis por prolongar a polémica.


> Um cliente armado e treinado. O cliente e alguns dos seus “cúmplices”, entre os quais, o marido/namorado, estavam muito bem organizados e utilizaram meios e estratégias que um consumidor comum, teria dificuldade em utilizar com a mesma eficiência - os Blogs, Fóruns, Facebook, Twitter, entre outras redes sociais online.

> A situação de perigo amplia a força do Homem. As consequências da acção movida pela empresa, a propósito das publicações no Blogue eram avassaladoras para o cliente e ele tinha plena consciência de que estava numa situação de perigo, podendo ser responsável por pagar milhares de Euros de indemnização por difamação. Nestas circunstâncias o seu envolvimento na causa e o apoio dos seus amigos era evidentemente, proporcional à situação de desespero e ao medo das consequências.

> O caso é pioneiro em Portugal. A comunicação social nunca valorizou o caso pela ocorrência principal – a frustração das expectativas do consumidor. A maioria dos comentários, noticias e observações centravam-se no poder da internet, nos direitos dos internautas e na liberdade de expressão, no poder das redes sociais e na importância que estes meios têm para as empresas. As redes sociais são o protagonista principal da história e são o centro do debate.

> O desejo de conhecer a primeira vitima da internet. Os especialistas em Webmarketing e os Media estavam desejosos por conhecer em Portugal um caso com estas características e por isso anteciparam efeitos, consequências e sobrevalorizaram o caso.

> O debate roçou na concorrência. Funcionários e clientes da concorrência participaram nos debates, proporcionaram um aumento considerável no volume de comentários e fizeram publicações não relacionados com o caso concreto. Alguns defendiam a concorrência e outros aproveitaram para ataca-la.

> A agenda mediática era propicia e o momento também. O caso deserolou-se num período de férias de Natal, em que a agenda mediática estava mais liberta de assuntos relevantes, proporcionando assim uma maior cobertura noticiosa do caso. Também a disponibilidade dos internautas e das pessoas comuns, era maior. O facto de ser uma época de grande consumo também ampliou a sensibilidade dos consumidores, perante situações de frustração na troca/devolução de produtos.

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11/01/2011

O Amor não se vende, mas o cliente procura-o em todas as lojas.


Resultado da competição, da exigência e da escassez de tolerância nas sociedades modernas, o stress, a ansiedade e a depressiva necessidade de afecto, efeitos secundários da nossa organização social e do nosso estilo de vida, transformam o ponto de venda num palco, onde vendedores são chamados a entregar amor, afecto e atenção a uma plateia de clientes.

O produto ou o serviço são um pretexto nas relações comerciais, mas a relação, a empatia, os sentimentos, as experiências são o valor real de cada compra. Neste cenário, o pedido de desculpas vale mais do que a troca de um produto defeituoso. Um sorriso vale mais do que uma compra barata. Quer isto dizer, que o sentimento de que somos valorizados, respeitados e amados não se vende em nenhum lado, porém os clientes procuram-no em todas as lojas. O vendedor é por isso, quase sempre, um fornecedor de auto-estima e um estômago que digere as angústias dos seus clientes.

Assumir a carência afectiva das sociedades modernas e retratar a transferência desta necessidade para as situações de consumo, até pode fazer valer uma discussão social, politica ou cultural mas para o vendedor a necessidade de afecto é uma venda, e quando as expectativas do consumidor não são cumpridas na plenitude das suas necessidades materiais e afectivas, o seu papel não foi cumprido, a venda não acontece e os consumidores não voltam.

Conquistar a empatia com o cliente que tem à sua frente, proporcionar-lhe o sentimento de que ele é especial, dedicar tempo a ouvi-lo e a prestar-lhe atenção, construir valor na relação e atribuir valor acrescentado ao produto/serviço são alguns desafios, propostos aos vendedores. Até certo momento da sua vida como vendedor, o seu trabalho começava com a entrada do cliente na loja. Mas hoje é diferente. Mesmo quando está fora da sua loja, mesmo quando a sua loja está vazia, há clientes on-line que estão a necessitar do seu apoio, da sua atenção. Em 2010, a empresa Ensitel aprendeu esta lição.

20/10/2010

As soluções para a crise estão (também) na internet?

Os mercados e as empresas estão em crise. Mas a sociedade, as pessoas e os trabalhadores também reclamam o seu estatuto de empobrecimento e de perda do poder de compra. Num momento como este, em que a competitividade de algumas empresas no mercado global fazem escoar o poder económico para destinos diferentes dos nossos, qual poderá ser o papel da internet, qual será a importância da tecnologia da informação na eficiência e na competitividade das empresas?

Haverá mais do que uma crise económica?

Vivemos hoje uma crise económica porque o dinheiro escasseia nos bolsos da classe média Europeia, como nunca aconteceu e porque as empresas faliram a sua tesouraria e estão com o cerco apertado. Mas é também uma crise de valores porque todos parecem trabalhar para ser ricos, como se o último e o único objectivo das suas vidas, fosse a riqueza e a abundância no consumo - esquecendo tudo o resto. É bem verdade que o dinheiro é muito importante mas todos sabemos que o consumo é um ciclo de eterna insatisfação.


A nossa capacidade intelectual e criativa - onde está?

O problema surge, quando o medo de perder o nosso último cêntimo ou o medo de se perder tudo o que nos resta, limita a nossa criatividade e nos impede de pensar de forma estratégica, na gestão das nossas finanças sejam elas pessoais, familiares ou corporativas. Então, somos obrigados a assumir que hoje temos uma dupla dificuldade para resolvermos os sérios problemas da nossa economia - por uma lado não temos capacidade de investimento, por outro lado estamos vazios de capacidade analitica e intelectual para encontrarmos as soluções para o problema que nos ameaça. 


 
O lugar da internet na eficiência das empresas:

internet + estratégia = eficiência + competitividade 

Reciclar o tempo livre
Milhares de vendedores, assistentes de escritórios, recepcionistas e outros funcionários de "front-office" estão "produtivamente desocupados" mais de metade do seu tempo de trabalho, enquanto aguardam pelos seus clientes. Quer isto dizer que eles são pagos para esperar por clientes.

Acelerar e automatizar processos
Milhares de funcionários administrativos, ocupam metade do seu dia a enviar e reenviar informação para clientes, fornecedores e parceiros. O processo parece uma rotina diária, enviar e reenviar milhares de vezes a mesma informação para centenas de pessoas diferentes.


Receber, processar e gerir encomendas de forma eficiente
Milhares de empresários e outros técnicos comerciais passam metade do seu dia, a registar encomendas que lhes são enviadas por e-mail ou que lhes são ditadas por telefone.

Comunicar mais por menos
Milhares de empresas ainda não utilizam o e-mail para comunicar com os seus clientes, funcionários, fornecedores. Muito menos utilizam o messenger ou o skype. Estes vão todos os dias ao correio e ainda pagam 50 Cts por cada mensagem enviada. Se não o fazem tanto é porque comunicam mais por telemóvel - mas o custo é ainda maior.


Valorizar os meios de comunicação e aproveitá-los ao máximo
Milhares de empresas (50% das empresas portuguesas) não têm página de internet. E entre as que têm, 50% não as divulga nem as actualiza regularmente.

Expor produtos fora das portas de uma loja

Milhares de empresas têm produtos em stock, escondidos em armazém - produtos que nunca mais vão ser vistos pelos clientes- estes produtos vão continuar escondidos numa loja, enquanto, ao mesmo tempo, muitos clientes estão à sua procura na internet.

Alargar para novos mercados
Milhares de empresas nunca tiveram uma loja online, para escoar os seus produtos;

Melhorar e estreitar relações com clientes
Milhares de empresários ainda não responderam aos convites dos seus clientes para aderir às redes sociais. ainda não encontraram outra forma de se relacionarem com os clientes nem incentivam os seus vendedores a fazê-lo.


Publicitar negócios com menor investimento e maior retorno.
Milhares de empresários ainda não comunica em massa com os seus clientes e ainda pensa que para isso é necessário um grande investimento. No passado, quando para muitas empresas a publicidade era um investimento, para muitas outras ela era ainda um sinonimo de custos acrescidos que deveriam ser reduzidos.. Agora que os grandes publicitários dizem "Didn’t spend a cent on media", para muitos, a única alternativa considerada, ainda é a publicidade tradicional.

Em resumo:

Milhares de Euros são desperdiçados pelas empresas, empresários e seus funcionários apenas porque não aproveitam o potencial da internet para fazer os seus negócios, para encontrar os seus clientes, para reduzir os custos de combustível, telefone ou papel.

Por isso, uma parte da solução dos nossos problemas, trata de recorrer à internet para aumentar a produtividade das empresas, para ampliar a sua eficiência global, reduzindo investimentos.


Pelas suas características funcionais extremamente poderosas e pela sua natureza tendencialmente gratuita, a internet é uma candidata de força para a solução da crise económica que afecta as empresas, as pessoas e as sociedades.

Neste século, a internet é o motor da competitividade das empresas tal como as máquinas a vapor e industrial o foram no século passado - mas hoje há uma diferença - tudo é mais rápido e resta menos tempo para hesitar. Todos sabemos como se deram as evoluções do passado. Todos sabemos onde falharam os pobres e onde acertaram os ricos. Hoje, esta história repete-se e todos têm de tomar uma decisão importante: a de modernizarem as empresas e as instituições onde trabalham. Não restam alternativas ...

Bons Negócios!!!
VTEC

07/07/2010

A internet na análise de mercado: o caso das MODAS


A indústria textil e de acessórios, o sector dos serviços ou produtos de beleza e de estética, mas também muitas outras fileiras industriais, de comércio ou de serviços, são diáriamente convidadas a explorar um atributo social de verdadeiro impacto em cada compra. Chama-se MODA, representa uma tendência de consumo generalizado ou localizado em certos segmentos de mercado, e as empresas e vendedores que ficarem perto dela, ficam do lado certo, bem perto do sucesso nas vendas.



Há dias visitei um grossista do sector textil que chorava lágrimas sentidas, por um negócio centenário – o seu, que agora abeirava a falência. As encomendas da semana passada eram um punhado de tecidos com padrões em desuso, sinónimo de um negócio longe das modas e de qualquer tendencia moderna. O desfecho é previsivel.


As marcas que ali se vendiam e os produtos que se mostravam, eram iguais nos tempos da minha infância. O negócio não ia longe, mas o problema não estava lá fora, na rua, como parecia aos olhos daquele empresário confuso – o problema estava ali, nos seus produtos, nas suas colecções e no seu armazém - que mostrava tudo e não mostrava nada, que tinha tudo, e ao mesmo tempo, não tinha nada. E porquê? porque as modas ficaram diferentes, ano após ano, e agora, qualquer semelhança com o passado, é uma excepção. Falamos, então, no ciclo de vida dos produtos.



Embora as tendencias possam repetir-se no espaço e no tempo, de X em X anos, de facto, o produto segue a sua curva vital, com uma cauda maior ou menor, mas com um destino certo: o seu desaparecimento. Uma das razões desse ciclo é a moda.



A moda, não é só a coisa fashion da Metropole. A moda é o padrão de escolhas e preferências, que em pouco tempo se generalizam a toda a sociedade consumista ou a todo um grupo/segmento em particular.



A moda é talvez o fenómeno social (com o seu “Quê” também cultural), que retrata perfeitamente o inicio e o fim do ciclo de vida de muitos produtos. A guerra dos mercados vive, por isso, na antecipação ou na produção das modas.



Antecipar modas é estar atento aos pequenos sinais - um gesto, uma imagem, um video - ou uma sequência deles, que expõem um produto ou uma marca e que incitam o consumo e a preferência. Pode ser George Clooney no seu TANGO T600 (veículo eléctrico) ou a Construtora Visabeira a usar produtos WURTH como também pode ser  a Jovem modelo lá do sitio, que começou a usar o seu relógio Cásio de 1985, e que assim espalha charme pelo bairro alto  – e claro, espalha também as tendências de compra.



 Mas nem sempre as tendências são obra do acaso e da coincidência. Claro está que muitas delas nascem de outra forma, em outro local. Muitas empresas têm na sua fábrica, uma máquina de muito valor, na produção de modas: é a poderosa máquina do marketing. E assim, zumbem aos ouvidos dos líderes, dos subscritores, dos consultores ou opinadores e colocam-nos na linha da frente desta batalha – produzindo modas, fabricando tendências e construindo modelos e referências, fundamentados em histórias e fábulas de sonho, bem conseguidas, que alimentam o ego consumidor com razões de compra de um valor intangivel, menos fisico mas muito mais valioso.



 O conceito de qualidade, talvez tenha tido a sua origem nas maquinas de marketing. A qualidade é um factor que os consumidores admiram em absoluto, um critério omnipresente, mas que eles próprios têm dificuldade em definir ou em medir, e porquê - porque a qualidade e muitos outros atributos são construidos na cabecinha do consumidor e não têm de existir de facto. Para eles, pouco importam os factos até porque esses não existem, o mais importante é o resultado da sua imaginação, da sua criatividade, das suas experiências e valores, porque mais importante do que a imagem do produto é a imagem que o cliente tem dele, e ainda que as caracteristicas reais sejam próximas das caracteristicas percebidas pelo cliente, elas não são bem a mesma coisa.


Quando pensamos a construção ou a perseguição das modas de consumo, pensamos que a tecnologia o web nos pode facilitar neste trabalho de análise e estudo de mercado:



1. A internet disponibiliza estatisticas sobre padrões de pesquisas, efectuadas pelos consumidores – ou seja estatisticas sobre o seu interesse num produto ou marca.



2. A internet apresenta e organiza, os comentários de alto valor qualitativo, pronunciados acerca de um produto ou marca – ou seja avaliações públicas sobre marcas e produtos.



3. A internet revela-nos quais os produtos de maior procura e diz nos quais deles, tem mais valor para o consumidor.



4. A internet permite a recolha sistemática de informações, sobre tendências de consumo reais e potenciais – pelos videos, imagens e conteúdos que se publicam e partilham.



5. A internet facilita o encontro dos "focus" de influência no consumo, sejam eles empresas, instituições ou individuos – ou seja, permite o encontro dos lideres e outros influenciadores das decisões de compra.



6.A internet permite-nos comunicar com esses agentes influenciadores e condicionantes das modas e tendências.



7. A internet acelera a produção de modas e influencía o trajecto da sua propagação viral, entre clientes.


Por tudo isto, a internet permite que as modas se alastrem de forma mais rápida, mas permite igualmente, que essa evolução aconteça de forma mais controlada por todos. No final, todos esperamos conseguir construir melhores estratégias de vendas, melhores produtos, com mais clientes satisfeitos, não porque os pressionamos a comprar mas porque produzimos aqueles produtos e serviços que eles realmente procuram, porque são MODA.



Bons Negócios!!

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